Depois de 17 anos, eles estão tentando retornar, mas eu já despertei...19 de junho de 2024 - 13:38


Depois de 17 anos, eles estão tentando retornar, mas eu já despertei...

19 de junho de 2024 - 13:38

 Há muito tempo, desde que saí de casa aos 16 anos, em busca da minha paz que nunca obtive ao lado dos torturadores dos meus pais, eu aprendi a filtrar, as pessoas que realmente me fazem bem. Meus pais sempre foram muito tóxicos para mim e meus irmãos, sempre querendo estar no controle e invalidando a nossa honra e dignidade com suas atitudes vergonhosas.
Eu aprendi á dizer "não'!
Eu estou vivendo em paz e não quero mais a presença deles na minha vida atual, eles estão forçando, mas eu precisei ter a coragem de dizer que eles nunca me fizeram bem e são perigosos ao extremo.
Tanto para a minha saúde física, quanto psicológica.
Não posso mais ser um bode expiatório deles, que eles usavam sempre que estavam querendo algo.
Eles precisam entender que não estão mais no controle, aquela criança torturada cresceu e amadureceu e o mais importante, despertou para entender que seus genitores, nunca a amou.
E, sempre que isso acontecia, era para usarem a sua inocência em favor deles, para que continuassem todos aquelas torturas físicas e psicólogicas, que deixaram ao longo do tempo, vários traumas gigantes em sua vida e na vida de seus irmãos.
Por vezes, eu acordava com pesadelos terríveis, gritando e chorando nas madrugadas, porque eu durante longos anos, ainda vai as mesmas cenas torturantes de tudo o que vivi na minha infância, enquanto dormia.
Eu aprendi a me autocurar e isso foi cessando, até desaparecer ao longo de 17 anos, longe deles. Bem longe!
Mas, agora, eles retornaram como se eu ainda pudesse recebê-los em minha vida, após me autocurar.
Eu não posso fazer isso, não quero ter aqueles pesadelos novamente, me acabando por dentro, onde só eu conseguia enxergar.
As pessoas vão me julgar, mas elas nunca estiveram na minha pele, nem na pele dos meus irmãos, nós sofremos o pior holocausto das nossas vidas, no período em que estivemos com eles, vivíamos tristes, solitários, desnutridos, pois nos deixavam passar fome. Nós só servíamos para seus prazeres de torturas!
Hoje, tenho sequelas, sequelas e fico em Pânico quando lembro das coisas que eu vivi com eles.
Eu choro, eu tenho crise extrema de ansiedade, eu volto a ser aquela criança inocente e medrosa, que se tremia a cada soco, á cada palavra de tortura, á cada culpa, dada á mim, por eles, e em seguida, eles pediam desculpas, para depois, continuar cometendo os mesmos abusos, após algumas horas.
A opinião deles sobre nós ou sobre eles mesmos é quem sempre prevaleceu e não aceitam discordâncias, Por isso, sempre viveram um inferno juntos, nenhum aceita o outro fala e não sabem ouvir um ao outro, nunca houve diálogo entre ambos, sempre violência e agressões. E, em seguida, partiam e faziam a mesma coisa conosco, comigo e com meus irmãos.
Nos acordava às 4 da manhã para ir buscar água bem longe, pois não tinha água encanada em casa, eu e meu irmão velho, carregava baldes grandes de água, um de cada lado, sendo que éramos franzinos e magros, porque não tínhamos boa alimentação, e quando a minha vó dava dinheiro, para comprarem comida para nós, minha mãe entregava tudo em envelopes na universal e nos deixava com fome.
Vi ela fazer isso, diversas vezes!
Então, depois obrigava meus irmãos pedirem comida na vizinhança, se eles não fossem, eles eram espancados, ela fazia essa tortura psicológica, meus irmãos, tinham vergonha disso, mas ia, e eles tinham entre 8 e 10 aninhos de idade. Eu sempre observava isso, mas, naquele tempo, eu ainda tinha uma mente muito inocente e não via que isso era torturante. Após fugir de casa, apenas com uma mochila, meu registro de nascimento e minha identidade, e 3 peças de roupas, eu ainda passei muito tempo, achando que eles eram bonzinhos, eu vim despertar aos meus 28 anos.
Quando vi que minha mãe nos culpava quando criança, por ter aquela vida, e dizia que só não saia, porque a gente era bem pequenos.
Mas, ela ainda hoje, está vivendo com ele e ainda na mesma situação.
Sempre são expulsos de todos os lugares em que moram, pois é muita violência e agressões dia e noite, fora os gritos deles, ensurdecedores, que causam pânico, em qualquer um que esteja perto.
Eu perdi muitas coisas importantes para mim, na época, perdi a infância dos meus 3 irmãos, me afastei de amigos, perdi a vaga em uma boa escola. Porém, a minha liberdade estava em jogo, eu estava trabalhando para o estado, de estagiária aos 16 anos, e estava com quase 2 meses, recebia meio salário, 4 horas trabalhadas e tudo ia bem comigo, estava fazendo altos planos, até receber meu primeiro pagamento e ele me ameaçou, me torturou com um facão, muito parecido com uma espada, era amolado dos dois lados, e tinha um cabo azul. Ele me pôs de joelhos e me torturou das 6 horas da tarde, até às 3 da madrugada, dizendo coisas terríveis, que me mandaria ao inferno, e etc. Não me faz bem relembrar aquelas frases difíceis de serem ouvidas.
Eu implorei pela minha vida, pois ele queria meu dinheiro, e eu precisava para comprar meu material escolar.
Eu dei 50 reais para minha mãe e o restante era para comprar meu material escolar, pois eles não compravam nada para mim, sempre foram pessoas que me ajudavam e compravam o que eu precisava, para usar na escola.
aquele emprego, aquele primeiro pagamento, era uma conquista para mim.
E, eu estava orgulhosa disso.
De ter conseguido ser diferente deles!
Eles não trabalhavam, viviam de bolsa família, porém não vivia, ela pegava todo o dinheiro e colocava nos envelopes da universal e comprava fiado nos comércios, e não pagava depois.
Cortava ruas, porque não queria passar na frente de onde estava devendo.
Isso, era vergonhoso para mim e meus irmãos que estavam crescendo.
Eu estava cheia dessa vida, e resolvi partir! Mas, pensei nos meus irmãos pequenos, tive que falar para ela, que iria embora para nunca mais voltar, rasgando a carta que eu havia escrito, após às 4 da manhã, ele me deixar mais ou menos em paz, porque ainda me ameaçava de todas as formas possíveis.
Pensei em não avisar, pois desde quando eu era criança, ela sempre ia embora e retornava após dois ou três dias, e eu tinha medo disso acontecer.
Eu não poderia deixar meus irmãos, com aquele homem infernal, e eu só tinha 16 anos e estava com apenas 190 reais no bolso.
Então, falei para ela e na manhã seguinte parti e ela em seguida, com meus três irmãos.
Ao amanhecer, ele me chamou, eu estava com 3 peças de roupas na mochila da escola e vestida para ir á escola, mas eu não fui para a escola naquele dia.
Ele me pediu desculpas, colocou eu para sentar em suas coxas e falou que não queria ter feito aquilo.
Então, eu me silenciei e sabia que era mentira, ele sempre fazia isso, pedia desculpas ao torturar eu e meus irmãos, cometendo em seguida as mesmas coisas. Ele abusava da nossa inocência!
Eu somente saí, após ouvir ele, e nunca mais retornei ao campo de concentração, onde era torturada de todas as formas possíveis.
A história depois disso, é tremenda!
Pois, fugimos para outro estado e após 28 dias em um abrigo para mulheres violentadas, minha mãe quis retornar, mesmo tendo conseguido emprego de babá para mim, e uma casa mobiliada com tudo, para morarmos por tempo indeterminado, até meus irmãos estarem prontos para assumir a vida.
Mas, ela chorava todos os dias, durante os 28 dias, para retornar para ele.
E, como eu era de menor, eu e meus irmãos também, tivemos que voltar, pois ela ainda mandava em nós. Nós ficamos totalmente devastados e eu, muito decepcionada! Eu sabia que aquilo, dela retornar, aconteceria. Eu já havia previsto.
chegando na cidade, eu desci do ônibus e não consegui olhar para trás, enquanto ela gritava, "vamos Aline, teu pai, não vai fazer nada com a gente não, ele mudou"
eu estava cansada de ouvir essas palavras, todas as vezes em que ela fugia e retornava, Ela nunca teve pena de nós, seus filhos.
cada vez, que isso acontecia, aconteceu centenas de vezes, ele nos torturava com muito mais fervor, para vingar a fuga dela.
E, eu não olhei para trás, porque não queria ver meus irmãos tristes, todos me olhando, retornando ao lugar onde nunca fomos felizes.
Minhas lágrimas caiam, mas eu tive que seguir!
Não olhei para trás e a saudade dos meus irmãos, eu nunca consegui curar.
Soube esses tempos, que aquele dia, ele colocou todos de joelhos em caroços de milho, até sangrar os joelhos, tanto ela, quanto meus irmãos e deixou do meio dia, até às 3 da manhã! sem poderem levantar, sem poderem comer, sem poderem clamar por socorro, pois eram apenas seres indefesos.
E, a nossa mãe, sempre concordava e quanto mais ele torturava, mais ela o apoiava e gostava.
meu irmão mais velho, em nosso último encontro, ele disse, que quando eu saí de casa, foi quando o inferno de verdade começou.
Ele sofreu as piores torturas!
Nossa história, é digna de um filme de terror!
Hoje, ela se juntou com o torturador e fez falsa acusação contra meu irmão, em um boletim de ocorrência.
Sendo que ele pode ser preso á qualquer momento, eles querem arrancar dinheiro do meu irmão, pois nosso pai acha que eles tem muito dinheiro.
E continua a saga!
Ela apareceu aqui na minha casa, após 17 anos, longe de mim. Só fala bem do agressor e diz que nós quem somos os monstros da história. Eles nunca pedirão desculpas pelos bombardeios que fizeram a nós. Pois, são narcisistas, manipuladores, sociopatas e muito egoístas. Eu a expulsei para que ela não faça o mesmo comigo e espero que possamos provar que eles conspiraram contra a dignidade e a honra do meu irmão.
Enfim, eles não valem o que o gato enterra!
Vocês, o que acharam da minha história?
O que fariam com uns pais assim?
Eu sou Alinny Mello e esse não é nem um por cento, de tudo o que tenho para revelar sobre eles!
Gostaria que fosse ficção, mas aconteceu comigo e isso me inspira, á nunca mais me aproximar deles!
Tenho 32 anos e ficarei bem longe desses demônios.

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